terça-feira, 26 de maio de 2015

Arquitetura


                                                                                                  Gabriel Carvalho Costa Nº 15


      Os anos 70 também ficaram conhecidos como "pós-modernidade". Expondo a consolidação de uma nova condição, diante da valorização da tradição histórica e do sentido comum.

      ANOS 70- Em meados de 1970 a consciência critica com o legado do Movimento Moderno, se manifesta em projetos, textos e fatos como em 1972, a implosão do Conjunto residencial Pruitt - lgoe em St. Louis, de Minoru Yamasaki, concebido segundo os critérios de zoneamento, tipologia de blocos do urbanismo racionalista. Em 1976, incendeia-se a Cúpula geodésica do Pavilhão dos EUA em Montreal.

      A partir dos anos 70, surge uma grande diversidade de posições: correntes fundamentalistas; propostas hipertecnológicas; arquitetura alternativa e ecológica.

NOVO FUNCIONALISMO E A ARQUITETURA COMO EXPRESSAO TECNOLOGICA

      Ao longo dos anos 70 que surgiram novas formulações como a busca de um novo tipo de cidade que Kenzo leva adiante e se expressa nas propostas dos "Metabolistas". A idéia básica era planejar desde o desenho industrial até o sistema de agregação de cápsulas residenciais. Surgiu como reação à falta de planejamento urbano típica no Japão, pensando novos organismos na escala urbana: cidades oceânicas, aéreas, unidades agrícolas, unidades residenciais móveis ou estruturas helicoidais.

      A brutalista exaltação estrutural, tecnológica e agregativa do edifício foram levadas à escala da cidade. Ex.: Expo 70, Pavilhão de Kenzo Tange – Osaka, esta exposição funcionou como um mostruário de tipos formais gerados pelas novas tecnologias.

      Das utopias urbanas de Kenzo destacam-se os planos do MIT para Boston e da baía de Tókio. A arquitetura dos metabolistas influencia o reflorescimento da arquitetura japonesa: Shinohara (conceituai), Tadao Ando (minimalista), Fumihiko Maki (eclética).

A ARQUITETURA NEOPRODUTIVISTA

      As possibilidades de altas tecnologias, de inovações, principalmente nos EUA e Inglaterra. Na Inglaterra, a arquitetura high-tech, influenciada pelo Archigram, equipe criada por Normam Foster, que sem renunciar aos aspectos lúdicos do Archigram, buscou o rigor das realizações práticas e possibilidades do desenho industrializado. Preferiu-se trocar de ambiente já existente que interpretá-lo e valorizá-lo. Outros arquitetos de destaque: James Stirling, Patríck Hodgkinson,

      A arquitetura produtívista foi mais bem desenvolvida nas possibilidades plásticas e materiais da tecnologia pelos norte-americanos, experimentando nos arranha - céus, a resistência, a rapidez, o conforto térmico, acústico, a transparência, etc... Ex: Kevin Roche, John Dinkeloo e a Fundação Ford- NY (1968). Colégio - Indianácofis (1973), Hotel Plaza- NY (1976).

      Na América Latina, a arquitetura do desenvolvimento com Clorindo Testa, Elia, Ramos e Agostini com estruturas espetaculares em concreto, materiais e métodos locais, diferente do expressionismo tecnológico e experimental do concreto de Félix Candeia e do tijolo de Eládio Dieste.

A FORTUNA TECNOLÓGICA DOS ANOS 70

      A Torre - cápsula de Nagakin, em Tókio (1971), de Kisho Kurokawa, reflexo do Archigram e dos Metabolistas dos anos 60, com jogo formal - células pré-fabricadas e possibilidades combinatórias na articulação volumétrica. A Sony Tower em Osaka (1976), de Kisho Kurokawa. O centro Georges Pompidou em Paris (1977) de Richard Rogers e Renzo

      Piano, um novo tipo de edifício urbano com a cultura e o lazer; uma megaestrutura à qual se adicionar módulos transparentes, símbolo da Paris contemporânea.

ARQUITETURA E ANTROPOLOGIA

      Aceitação da pluralidade e diversidade cultural (anos 60 e 70) por influências diversas; na arquitetura de algumas propostas da terceira geração nos campos da arquitetura, urbanismo e desenho buscam-se soluções alternativas aos critérios vigentes (culturais, econômicos, tecnológicos, urbanos e projetuais), mais adequadas a cada contexto social.

      No geral, se expressa como um dos resultados da tendência ao humanismo dos anos 50. Este movimento dos anos 70 atinge âmbito mais amplo que a arquitetura, indo desde o planejamento de um desenho participativo até proposta de urbanismo de participação.

A BUSCA DA RACIONALIDADE NA DISCIPLINA ARQUITETÔNICA

      Esforços para construir uma teoria para a arquitetura contemporânea em resposta às exigências internas da disciplina, às vezes delineia a favor de objetos sociais, culturais, político. Ex. Rossi, Aymonino, Tafuri, Gregotti, com propostas que, a princípio, partem de conceitos das pré-existências ambientais - tradição, idéia de monumento, responsabilidade do arquiteto dentro da sociedade.

      A obra “A Arquitetura da Cidade" de Aldo Rossi, com a intenção de entender a arquitetura em relação à cidade, com pontos de vista da antropologia, psicologia, geografia, ecologia, política, entende a cidade como um bem histórico e cultural.

      As Primeiras Obras de Aldo Rossi - Sua análise comprova como o instrumento da tipologia arquitetônica serve tanto para o momento da análise como para o projeto. Admiram as idéias de Adolf Loos, os pátios.

A ARQUITETURA COMO SISTEMA COMUNICATIVO

     A perda da capacidade de transmitir significados e valores simbólicos, críticas ao funcionalismo, Peter Blake - Forma x fiasco.

      Complexidade e contradições em arquitetura - Robert Ventura, visão contrária à da arquitetura moderna, em favor de uma via híbrida, complexa e contraditória (sem a coerência do racionalismo) para responder aos propósitos de comodidade, solidez e beleza (Vitrúvio). Pátio Franklin, 1972 e o instituto de Informação Científica, 1978. Desenvolve a idéia de edifício - anúncio, com o espaço funcional totalmente independente da fachada, fazendo contraste a Adolf Loos e sua concepção da casa como máquina limpa por fora e obra singular e comunicativa por dentro. Os textos Aprendendo com todas as coisas e Aprendendo de Las Vegas, apresentam-se como um tratado sobre o simbolismo na arquitetura.

      A Idéia do Aplique - Ao final dos anos 70, a equipe de Venturi, dando continuidade ao movimento Arts and Crafts, do século XIX, defenderá a idéia de um tratamento aplicado sobre as superfícies de desenhos, moveis e edifícios. Baseiam-se nas posições de John Ruskin, entendendo que o que caracteriza cada edifício é a ornamentação, a estrutura e o interior representam meros fatos construtivos, funcionais. Ex.: Edifício de Oficinas do Instituto de Informação Científica, Filadélfia (1978).


MANIFESTOS E MECANISMOS PÓS MODERNOS

      A Pós modernidade é mais uma situação que uma tendência concreta no final do anos 70. São realizadas obras que se transformam em manifestos da nova arquitetura "pós moderna" Ex: Piazza d'Italia, de Charles Moore, em N. Orleans (1978); Edifício ATT, de Philip Johnson em N. Y. (1978).


A DISPERSÃO DAS POSIÇÕES ARQUITETÔNICAS

1. 1977-1992-

      A medida em que se utiliza o conceito de "posição arquitetônica" evita-se a utilização de termos bastante ambíguos para qualificar diversas atitudes arquitetônicas como arquitetura "pós moderna", "descontração"ou "regionalismo crítico". Arquitetura "pós-moderna" tem sido um termo ambíguo que tanto pode designar uma situação geral, como certas tendências na arquitetura que são marcantes: historicistas, ecléticas e por isso deve ser usado com muita cautela.

      Não só a arquitetura tem se aproximado da arte. Artistas plásticos têm feito intervenções em interiores espaços públicos e na paisagem. Ex: Smithson, De Maria.

      O Exemplo de Frank Gehry - Sua arquitetura tem se baseado em montagens artesanais de diversas formas simples: prismas, cilindros esferas, torres, ... Envoltório arquitetônicos promulgando uma arquitetura tátil baseada na textura dos materiais e na variedade cromática como reflexo das arquiteturas populares.. Ex: Casa Gehry (1978). Projetos que sejam uma festa de volumes, materiais, texturas, cores e objetos, com o máximo de referências. Gehry pretende que sua obra não sela valorizada por atributos de durabilidade ou monumentalidade mas pelo valor de ser considerado uma obra de arte e pelo sentido que os usuários lhe outorgam com seu uso e satisfação.

      Outros arquitetos que se destacam na mesma linha: Himmelblau (Viena), Jordi Garcés, Enric Soda (Espanha) Steven Holl, Emílio Ambasz (EUA).


Bibliografia: Apostila Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos.

<www.scalise.com.br/walnyce/arqurb/apostila-arq-urb-cont.doc>

Um comentário:

  1. Olá, Gabriel, de um modo geral, seu texto trouxe um apanhado de ideias soltas. Sugiro:
    1º parágrafo - Escreva: NESTA ÉPOCA, HOUVE A CONSOLIDAÇÃO(...).
    2º parágrafo - Coloque uma vírgula após EM MEADOS DE 1970.// Escreva: CRÍTICA.// Retire a vírgula colocada após MODERNO.
    Novo Funcionalismo e a Arquitetura...
    1º parágrafo - Escreva: AO LONGO DOS ANOS 70, KENZO LEVA ADIANTE AS NOVAS FORMULAÇÕES COMO A BUSCA POR UM NOVO TIPO DE CIDADE E DE EXPRESSÃO NAS(...)// Escreva: IDEIA.
    A Fortuna Tecnológica...
    1º parágrafo - Escreva: REPRESENTOU A ACEITAÇÃO DA PLURALIDADE E DA DIVERSIDADE CULTURAL.
    2º parágrafo -Escreva: NO GERAL, ESTA ARTE SE EXPRESSA (...)
    A Busca da Racionalidade...
    1º parágrafo - Escreva: SÃO CARACTERÍSTICAS DESTE TIPO DE ARQUITETURA: A PERDA DA CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO DE SIGNIFICADOS E VALORES SIMBÓLICOS, AS CRÍTICAS AO FUNCIONALISMO E A FORMA X FIASCO, DE PETER BLAKE.
    2º parágrafo - Escreva: SÃO EXEMPLOS DA COMPLEXIDADE E DAS CONTRADIÇÕES EM ARQUITETURA.
    3º parágrafo - Escreva: IDEIA, MÓVEIS e EDIFÍCIOS.
    Beijos, Eliana.

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